Desistência em massa de várias montadoras é o principal motivo

Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Reed Exhibition, organizadora do Salão do Automóvel de São Paulo, anunciaram o adiamento da 60ª edição do evento, prevista para acontecer em novembro deste ano, para algum momento em 2021. O motivo? Desistência em massa das montadoras.

A decisão foi tomada após o anúncio de desistência de marcas como BMW, Chevrolet, Hyundai e Toyota, entre outras. Ao todo, foram 15 fabricantes que comunicaram oficialmente a sua ausência neste ano. “Nossa ideia é discutir alterações de formato e reduções de custos. Tudo está na mesa”, afirma o presidente da Anfavea.

Em pronunciamento oficial, Luiz Carlos Moraes, presidente do órgão, declarou que a decisão foi tomada “em consenso” entre as fabricantes, que não concordam com os atuais custos e configurações do evento. Data, local e formato do novo Salão ainda serão confirmados.

O representante alegou ainda que a feira pode deixar São Paulo. “Tudo está na mesa [de negociações]”. Vale ressaltar que o Salão de Buenos Aires do ano passado também foi cancelado pelos mesmos motivos.

A Anfavea aproveitou o anúncio para divulgar o impacto econômico do Salão de São Paulo. Juntas, as fabricantes investem de R$ 4 a R$ 20 milhões cada, acumulando capital de R$ 250 a R$ 300 milhões.

Ao mesmo tempo, o evento gera um retorno de R$ 320 milhões para a cidade e gera cerca de 30 mil empregos temporários. Cerca de 750 mil visitantes são esperados a cada edição.

Na data originalmente agendada para o Salão – de 12 a 22 de novembro de 2020 – poderá ocorrer outro tipo de evento no São Paulo Expo, organizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado. Ainda não há, porém, detalhes sobre esse evento.